quinta-feira, 17 de março de 2011
Cine CCBEU apresenta: Inimigo Público n°1
Oscar Wylde dizia: "o homem mata tudo o que ama". Este aforismo representa a contradição humana no seu limite: nossa espécie ama e destrói com a mesma paixão. O choque destas forças estão no cerne deste "Inimigo Público n°1", filme de 1931, dirigido por William A. Wellman.
A obra aborda a ascensão e queda do criminoso Tom Powers, trazendo todos os tradicionais clichês do "ciclo de gângsters" dos anos 30 mas revestindo-os com um realismo brutal e comovente. O estilo de Wellman é de uma elegância embasbacante: sua mise-en-scène é implacável e o recurso da violência é recrudescido pelo talvez mais criativo uso do espaço extra-campo na história do cinema.
Wellman imprime sua direção "estilo cinema mudo" sobre um material radicalmente falado. James Cagney é a voz, o corpo e a expressão máxima das ruas (décadas antes de Marlom Brando ou James Dean). Sua atuação pulsa numa liberdade vigorosa, em contraste com a rigidez maligna de Jean Harlow, a clássica mulher do bandido, uma sílfide platinada cuja presença impõe uma rédea sexual em Cagney. Esta alquimia cinematográfica explode num dos filmes mais ousados de todos os tempos, uma obra-prima sobre a força desesperada da alma.
Serviço:
Dia 17 de março (quinta) às 18:30
No Cine-teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC e CCBEU
quinta-feira, 3 de março de 2011
Cine CCBEU apresenta nesta quinta "Luzes da Cidade" de Charles Chaplin
O crack da bolsa de Nova York em 1929, reconfigurou o panorama econômico internacional. Em meio ao desemprego e à crescente organização do crime, a América recebia diariamente carregamentos massivos de pobres imigrantes europeus que se aglutinavam na periferia das grandes metrópoles.
O país afundava na Grande Depressão. Em meio à crise geral, contudo, a indústria cinematográfica hollywoodiana prosperava absurdamente através do controle dos grandes estúdios sobre toda a cadeia produtiva cinematográfica (inclusive a famigerada distribuição internacional) e graças à ampla recepção popular da linguagem audiovisual clássica, a qual eram mestres e criadores, que mesclava decupagem transparente, espetáculo visual, moral cristã e o recém-nascido som.
Os resultados deste movimento são sentidos até hoje com o predomínio opressivo do cinema hollywoodiano sobre todas as outras cinematografias do mundo. Nos anos 30, porém, enquanto o projeto de domesticação não se fazia regra, diversos artistas gozavam de algo impensável em anos posteriores e anteriores: liberdade.
Nesta época surgiu o "ciclo de gângsteres" da Warner e Chaplin filmou "O Grande Ditador". O cinema era radical, violento, erótico e subversivo. E não se tratavam de filmes marginais. Eram grandes produções com distribuição mundial. Na aurora da indústria, carteiras e cabeças se abriam ao mesmo tempo para a viabilização da nova arte.
Antes da Segunda Guerra e do Macartismo enrigecerem o cinema americano, havia espaço e condição para as mais díspares e ousadas propostas: do filme mudo tardio ("Luzes da Cidade" de Charles Chaplin) ao teatro filmado ("No Turbilhão da Metrópole" de King Vidor), do policial realista ("Inimigo Público n° 1" de William Wellman) ao melodrama político ("Loucura Americana" de Frank Capra). Havia espaço até para a revolução do gênero mais antigo do cinema, perpetrada por John Ford em seu imortal "No Tempo das Diligências",
Nos anos 30 arte e indústria tiveram o seu primeiro grande romance, com lucros para ambas as partes. No mês de março o Cine CCBEU promove um encontro com este universo lírico que tal qual o teatro grego e a pintura renascentista é um dos maiores patrimônios que a Humanidade legou para as gerações posteriores.
Miguel Haoni
Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema
Serviço:
Dia 3 de março (quinta) às 18:30
No Cine-teatro do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
O país afundava na Grande Depressão. Em meio à crise geral, contudo, a indústria cinematográfica hollywoodiana prosperava absurdamente através do controle dos grandes estúdios sobre toda a cadeia produtiva cinematográfica (inclusive a famigerada distribuição internacional) e graças à ampla recepção popular da linguagem audiovisual clássica, a qual eram mestres e criadores, que mesclava decupagem transparente, espetáculo visual, moral cristã e o recém-nascido som.
Os resultados deste movimento são sentidos até hoje com o predomínio opressivo do cinema hollywoodiano sobre todas as outras cinematografias do mundo. Nos anos 30, porém, enquanto o projeto de domesticação não se fazia regra, diversos artistas gozavam de algo impensável em anos posteriores e anteriores: liberdade.
Nesta época surgiu o "ciclo de gângsteres" da Warner e Chaplin filmou "O Grande Ditador". O cinema era radical, violento, erótico e subversivo. E não se tratavam de filmes marginais. Eram grandes produções com distribuição mundial. Na aurora da indústria, carteiras e cabeças se abriam ao mesmo tempo para a viabilização da nova arte.
Antes da Segunda Guerra e do Macartismo enrigecerem o cinema americano, havia espaço e condição para as mais díspares e ousadas propostas: do filme mudo tardio ("Luzes da Cidade" de Charles Chaplin) ao teatro filmado ("No Turbilhão da Metrópole" de King Vidor), do policial realista ("Inimigo Público n° 1" de William Wellman) ao melodrama político ("Loucura Americana" de Frank Capra). Havia espaço até para a revolução do gênero mais antigo do cinema, perpetrada por John Ford em seu imortal "No Tempo das Diligências",
Nos anos 30 arte e indústria tiveram o seu primeiro grande romance, com lucros para ambas as partes. No mês de março o Cine CCBEU promove um encontro com este universo lírico que tal qual o teatro grego e a pintura renascentista é um dos maiores patrimônios que a Humanidade legou para as gerações posteriores.
Miguel Haoni
Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema
Serviço:
Dia 3 de março (quinta) às 18:30
No Cine-teatro do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Abertura da exposição de Elza Lima no CCBEU
Foi aberta na noite de ontem (16) a exposição da fotógrafa Elza Lima, na galeria do CCBEU em Belém, reunindo convidados, dentre os quais muitos fotógrafos de renome da região, que foram prestigiar o trabalho da artista das imagens.
Denominada “O Lago da Lua ou Yaci Uaruá – As Amazonas do rio mar”, o trabalho apresenta o imaginário que cerca a vida da mulher ribeirinha da Amazônia. O projeto foi contemplado com o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia. Além da mostra, Elza realizará também, com apoio da Sol Informática, CCBEU e Mabeu, Eti Mariqueti e Gráfica Grapel, um curta metragem, filmado por Lu Magno e dirigido pela cineasta paraense Priscila Brasil. A previsão é que o curta seja apresentado ao público até o final deste ano.
O rio Nhamundá, localizado no Baixo Amazonas, é conhecido por acolher, em seus recantos misteriosos, o “Espelho da Lua”, onde supostamente aconteceu o encontro dos exploradores europeus Orellanas e Carvajal com as mulheres guerreiras que eles denominaram de Amazonas, durante o descobrimento do rio em 1542. Para dar forma ao projeto, a fotógrafa viajou à região, partindo da cidade de Oriximiná e passando pelos municípios de Nhamundá, Juruti, Faro e Terra Santa. Explorando a rotina e as condições de vida das mulheres que hoje habitam a área e que seriam “descendentes” das guerreiras do passado.
No projeto, a fotógrafa põe em discussão como seriam as Amazonas do século XXI, que passam a ser então as protagonistas dos mistérios que ainda hoje cercam a região. Elza Lima traz a Amazônia como o tema de seu trabalho desde o início de sua carreira, em 1984, onde busca expressar através de seu olhar uma região onírica, cercada de mistérios. Quem quiser acompanhar o desenvolvimento do trabalho pode acessar http://www.elzalima.com.br/
A exposição segue na galeria do CCBEU até abril, podendo ser visitado em horário comercial. A obras podem ser adquiridas, bastando entrar em contato com o departamento de marketing do CCBEU. Confira nos perfis do Facebook (http://trunc.it/ehsrl) e do Orkut (http://trunc.it/ejpez) as fotos da vernissage.
Fique por dentro das novidades do CCBEU através de nosso perfil no Twitter - www.twitter.com/CCBEUNet
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Elza Lima apresenta as Amazonas no CCBEU
O imaginário que cerca a vida da mulher ribeirinha da Amazônia vai ganhar forma na exposição “O Lago da Lua ou Yaci Uaruá – As Amazonas do rio mar”, que a fotógrafa Elza Lima abre no próximo dia 16 de fevereiro, na galeria do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), em Belém/PA. O projeto foi contemplado com o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia. Além da mostra, Elza vai realizar também, com apoio da Sol Informática, CCBEU e Mabeu, Eti Mariqueti e Gráfica Grapel, um curta metragem, filmado por Lu Magno e dirigido pela cineasta paraense Priscila Brasil.
A previsão é que o curta seja apresentado ao público até o final deste ano. O rio Nhamundá, localizado no Baixo Amazonas, é conhecido por acolher, em seus recantos misteriosos, o “Espelho da Lua”, onde supostamente aconteceu o encontro dos exploradores europeus Orellanas e Carvajal com as mulheres guerreiras que eles denominaram de Amazonas, durante o descobrimento do rio em 1542.
Para dar forma ao projeto, a fotógrafa viajou a região partindo da cidade de Oriximiná e passando pelos municípios de Nhamundá, Juruti, Faro e Terra Santa. Ela explora a rotina e as condições de vida das mulheres que hoje habitam a área e que seriam “descendentes” das guerreiras do passado.
No projeto, a fotógrafa coloca em discussão como seriam as Amazonas do século XXI, que passam a ser então as protagonistas dos mistérios que ainda hoje cercam a região. Elza Lima traz a Amazônia como o tema de seu trabalho desde o início de sua carreira, em 1984, onde busca expressar através de seu olhar uma região onírica, cercada de mistérios. Quem quiser acompanhar o desenvolvimento do trabalho pode acessar o website http://www.elzalima.com.br/
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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