quinta-feira, 31 de março de 2011

No Tempo das Diligências em exibição no Cine CCBEU


Encerrando o ciclo "O cinema americano dos anos 30", o Cine CCBEU, do Centro Cultural Brasil Estados Unidos e apresenta hoje, 31 de março às 18h30, o filme "No Tempo das Diligências", de John Ford, com comentários de Max Andreone da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema - APJCC.

Sinopse:
São certamente os 95 minutos mais marcantes do faroeste: uma caravana em viagem pelo Velho Oeste é atacada pelos índios Apaches. Detalhe: compõem o grupo diferentes tipos de pessoas, um retrato reduzido da sociedade americana: prostitutas, milionários, pistoleiros, bêbados e trapaceiros. Com o perigo iminente, cada um vai revelando as peculiaridades (nem sempre edificantes) de suas personalidades.

Em uma diligência embarcam um médico alcoólatra (Mitchell), um pistoleiro (Wayne), uma prostituta (Trevor), um banqueiro (Meek), um jogador (Carradine) e uma mulher grávida (Platt). Ao longo da viagem, os integrantes do grupo enfrentam perigos e revelam sua verdadeira natureza


Serviço:
Data: 31 de março (quinta)
Hora: às 18h30
Local: Cine-Teatro CCBEU (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC e CCBEU

quinta-feira, 24 de março de 2011

Frank Capra em exibição no Cine CCBEU


O Cine CCBEU exibe nesta quinta-feira (24/03) o filme "Loucura Americana", de Frank Capra, dando continuidade ao ciclo "O cinema americano dos anos 30".

Sinopse:
Durante a depressão do início dos anos 30, banqueiro (o ótimo Walter Huston, pai do cineasta John Huston) acredita que a melhor forma de derrotar a crise é emprestando dinheiro aos montes para a população. Com LOUCURA AMERICANA (AMERICAN MADNESS, EUA, 1932), Frank Capra já dava sinais para qual lado sua carreira caminharia nas décadas seguintes, adotando um tom populista e moralista, mas também humano, nesse comentário otimista sobre a sociedade capitalista americana.

O conceito é o mesmo de A FELICIDADE NÃO SE COMPRA, A MULHER FAZ O HOMEM e tantos outros marcos da obra do cineasta: que diferença um homem pode fazer para tornar melhor a comunidade onde vive, e o quanto essa comunidade pode ser grata a este indivíduo.

Os mais cínicos podem até torcer o nariz para esse otimismo, mas o talento de Capra para desenvolvê-lo é inegável. O filme é ágil e envolvente, fazendo bom uso de algumas opções narrativas incomuns na época, como diálogos sobrepostos e uma montagem enxuta.

Ótima cópia restaurada, com comentários em áudio de Frank Capra Jr. e Catherine Kellison (teórica da New York University), além de um especial de 25 minutos onde o filho do cineasta recorda a produção do longa (ambos sem legendas), lembrando que o personagem principal foi realmente inspirado em um banqueiro da época.

Serviço:
Cine-teatro do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309).
24 de março(quinta), às 18h30min.
ENTRADA FRANCA

Realização CCBEU e APJCC
Apoio Cineclube Amazonas Douro

Cine CCBEU Kid

O CCBEU estará realizando uma sessão de cinema especial para crianças, destinada aos nossos alunos (CCBEU Kids e CCBEU) e toda a nossa comunidade.

Com o intuito de ampliarmos ainda mais essa sessão, contaremos com a participação especial de Felipe Cruz e Luana Beatriz, membros do Projeto Animar.

Confira a programação abaixo e compareça !

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cine CCBEU apresenta: Inimigo Público n°1



Oscar Wylde dizia: "o homem mata tudo o que ama". Este aforismo representa a contradição humana no seu limite: nossa espécie ama e destrói com a mesma paixão. O choque destas forças estão no cerne deste "Inimigo Público n°1", filme de 1931, dirigido por William A. Wellman.

A obra aborda a ascensão e queda do criminoso Tom Powers, trazendo todos os tradicionais clichês do "ciclo de gângsters" dos anos 30 mas revestindo-os com um realismo brutal e comovente. O estilo de Wellman é de uma elegância embasbacante: sua mise-en-scène é implacável e o recurso da violência é recrudescido pelo talvez mais criativo uso do espaço extra-campo na história do cinema.


Wellman imprime sua direção "estilo cinema mudo" sobre um material radicalmente falado. James Cagney é a voz, o corpo e a expressão máxima das ruas (décadas antes de Marlom Brando ou James Dean). Sua atuação pulsa numa liberdade vigorosa, em contraste com a rigidez maligna de Jean Harlow, a clássica mulher do bandido, uma sílfide platinada cuja presença impõe uma rédea sexual em Cagney. Esta alquimia cinematográfica explode num dos filmes mais ousados de todos os tempos, uma obra-prima sobre a força desesperada da alma.

Serviço:
Dia 17 de março (quinta) às 18:30
No Cine-teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC e CCBEU

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cine CCBEU apresenta nesta quinta "Luzes da Cidade" de Charles Chaplin

O crack da bolsa de Nova York em 1929, reconfigurou o panorama econômico internacional. Em meio ao desemprego e à crescente organização do crime, a América recebia diariamente carregamentos massivos de pobres imigrantes europeus que se aglutinavam na periferia das grandes metrópoles.

O país afundava na Grande Depressão. Em meio à crise geral, contudo, a indústria cinematográfica hollywoodiana prosperava absurdamente através do controle dos grandes estúdios sobre toda a cadeia produtiva cinematográfica (inclusive a famigerada distribuição internacional) e graças à ampla recepção popular da linguagem audiovisual clássica, a qual eram mestres e criadores, que mesclava decupagem transparente, espetáculo visual, moral cristã e o recém-nascido som.

Os resultados deste movimento são sentidos até hoje com o predomínio opressivo do cinema hollywoodiano sobre todas as outras cinematografias do mundo. Nos anos 30, porém, enquanto o projeto de domesticação não se fazia regra, diversos artistas gozavam de algo impensável em anos posteriores e anteriores: liberdade.

Nesta época surgiu o "ciclo de gângsteres" da Warner e Chaplin filmou "O Grande Ditador". O cinema era radical, violento, erótico e subversivo. E não se tratavam de filmes marginais. Eram grandes produções com distribuição mundial. Na aurora da indústria, carteiras e cabeças se abriam ao mesmo tempo para a viabilização da nova arte.

Antes da Segunda Guerra e do Macartismo enrigecerem o cinema americano, havia espaço e condição para as mais díspares e ousadas propostas: do filme mudo tardio ("Luzes da Cidade" de Charles Chaplin) ao teatro filmado ("No Turbilhão da Metrópole" de King Vidor), do policial realista ("Inimigo Público n° 1" de William Wellman) ao melodrama político ("Loucura Americana" de Frank Capra). Havia espaço até para a revolução do gênero mais antigo do cinema, perpetrada por John Ford em seu imortal "No Tempo das Diligências",

Nos anos 30 arte e indústria tiveram o seu primeiro grande romance, com lucros para ambas as partes. No mês de março o Cine CCBEU promove um encontro com este universo lírico que tal qual o teatro grego e a pintura renascentista é um dos maiores patrimônios que a Humanidade legou para as gerações posteriores.

Miguel Haoni
Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema

Serviço:
Dia 3 de março (quinta) às 18:30
No Cine-teatro do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA